Em paralelo às pesquisas para o aproveitamento de bagaço de cana-de-açúcar para produção de etanol de segunda geração, nossos pesquisadores avaliam uma nova matéria-prima: o resíduo da extração do óleo de palma, também conhecido como dendê. O projeto identificou, em estudos recentes, que o resíduo, o cacho vazio de palma, tem em sua composição 40% de celulose e 20% de hemicelulose (indicativos da concentração de açúcares), teores bem similares aos do bagaço e propícios para produção de etanol.
Essa nova alternativa para produção de etanol a partir de celulose utiliza processo similar ao aplicado com o bagaço de cana e já foi testada nos laboratórios no Rio de Janeiro. Até novembro deste ano, estão programados novos ensaios laboratoriais a fim de otimizar o processo de pré-tratamento para potencializar a obtenção de açúcares do cacho de palma. Os testes em escala piloto estão previstos para 2015.

O projeto está sendo desenvolvido em nosso Centro de Pesquisas (Cenpes), com participação da Petrobras Biocombustível e da Belém Bioenergia Brasil (joint venture criada pela Petrobras Biocombustível e Galp). Nas demais linhas de pesquisa de produção de etanol de segunda geração, o Cenpes possui convênios com a Escola de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Federal de São Carlos (UFScar) em São Paulo, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e o Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE), em Campinas, São Paulo.

As pesquisas para a adoção de novas matérias-primas para a produção de etanol contribuem para a ampliação e diversificação da produção de combustíveis renováveis no Brasil.

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